Poderia eu viver longe da tua realidade?


Poderia eu viver longe da tua coragem?

Escrever os antigos poemas esquecidos,

Que não contaram da graça que nos fez ser?


Estou eu fadada à solidão,

Entregue à ilusão,

Destinada à incompreensão.

Poucos poetas sobreviveram a tal escravidão.


Sem concerto para corações,

Resta-nos sangrar, verso após verso,

Até a última recitação

De um poema marcado pela ilusão.


Ó miserável paixão!

Que me enclausura nesse cárcere chamado solidão.

Recordo quando sussurravas:

“Calma, coração, vamos nadar no mar da conexão.”


Pobre coração…

Poderás suportar mais uma falsa conexão?

Entregue à ilusão,

Amarás verdadeiramente dentro dessa escravidão.


Jonatielen Silva 

                                                                           


 

                                                                       

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