Falaram-me sobre um amor que eu não deveria aceitar; sussurraram: - Bobinha você nem sabe o que é amar, deixa a vida lhe mostrar a verdadeira oportunidade de ser aceita. Mas, mesmo assim, continuei a olhar a estrada pela janela, tão pequena que escondia a beleza do horizonte que existia para me encantar.
Como seria fácil amar se ele significasse tudo isso que falam por aí, menos dor, nenhuma ilusão, motivos de sobra para darmos as mãos. Porém, enquanto escrevo essa canção choro pela real razão de querer amar mesmo sem essa doce ilusão.
Acredito que para esse amor, deve ter coragem para destruir todos os encantos de uma falsa relação, se libertando dessa inquietude que arrasa o meu coração, dando espaço para entender outros corações e ignorando por alguns minutos o sentimento do meu ego que insiste em dizer que se trata do meu ser. Mas sinto em dizer, já fui vítima dessa guerra que declarava sobre tudo que eu merecia receber, cansada estou de assistir as derrotas do meu ego que sempre falava que era o meu ser quando na realidade só queria me ver dentro de uma bolha chamada de “não pertencer”, desfalecendo aos poucos por uma mentira muitas vezes repetida. Mas hoje sinto em dizer que resolvi me vestir dessa coragem para não assumir essa falsa relação, abandonado o meu ego e se transformando nestes poucos versos, talvez para alguém que não vai querer lê-los todos os dias. Porém, irei me libertar dessa falta de empatia comigo mesmo, não exigindo, só transbordando o que há de melhor dentro do meu ser.
Autora: Jonatielen Silva e Silva
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