A nossa história daria o pior drama romântico do nosso século. As pessoas iriam assistir e chorar por contemplar mais uma vez a paixão que não deu certo. Assistiria com lágrimas nos olhos todas as vezes que nos amamos, vibraria com as suas estratégias para não me ver chorar e se entregaria a nossa história cada vez que viesse me dando colo mesmo sem precisar. Durante uma noite fria, com inúmeras estrelas no céu, declarei o quanto precisaria da sua presença para continuar.
Queria penetrar no seu coração da mesma forma que tocava o meu ser, me fazendo delirar, conquistada pela arte de simplesmente existir em sua vida, cativada pelas diversas maneiras de me amar até quando não era merecedora, desaprendi a escrever, transformar o nosso romance na arte literária que você insistia: "Escreve amor, escreve nosso enredo, faz amor, quero um texto poético do teu ser".
Pude compreender dentro da minha ilimitada perspectiva, por algum instante, o que René Magritte sentiu e pensou ao criar a sua obra artística. Os amantes, sufocada, imobilizada demais para perder tempo buscando entre as palavras rimadas e não rimadas, alguma forma de caracterizar o que me movia naquela noite, os anjos choraram ao perceber que temeridade não existia ali.
- Percebi que a minha maior declaração já tinha sido declarada, eu estava ali.
Autora: Jonatielen Silva e Silva
Lindo, maravilhoso, parabéns nega linda...
ResponderExcluirObrigada mãe!
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