São poucos que lhe entende, pois nem sempre ele é escuro e frio, as vezes ele é arejado, iluminado, poético, a história mais linda do que significa existe. Nem sempre ele é compreendido, as vezes só a minha alma consegue ler, decifrar os gemidos das suas paredes. E no meio do nada consigo lhe vê, plateia do meu choro, incentivador dos meus piores e melhores dias, ele vive a mais verdadeira biografia escrita por uma autora conhecida pelos seus dramas.
Ele já ouviu inúmeros murmurinhos
- Que quarto pequeno, saia um pouco dele, ele vai lhe adoecer ;
- Olhe pra você, não combina ficar dentro desse quarto tão solitário ;
- Não perca seu tempo com esse quarto, ele não tem nada a lhe oferecer, nem janela tem.
Pouco sabe sobre aquele quarto que na maioria das vezes costuma ser a sua própria janela, no meio do seu nada plantou algumas árvores que só era encontradas na imensidão de ser e não ter. Pouco sabe sobre aquele quarto, pois nem fizeram questão de conhece-lo, entrar e entender que o seu profundo silêncio fala, grita, o quanto ele queria te ter.
Talvez se tu parasse um pouco para observar, teria percebido o quanto ele, o quarto, estava lá.
Que perante o teu choro foi o alento, no inverno te aqueceu, e por muitos dias se esforçou para ser a própria primavera só pra te fazer brilhar mais do que a escuridão que lhe envolveu. Olha para o quanto de histórias dramáticas que o quarto viveu, escritas pela autora mais conhecida que eu, a vida.
Autora: Jonatielen Silva e Silva
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